O curso

O Curso de Engenharia de Produção Mecânica da UFC foi criado em 1998. Atualmente, é oferecido nos períodos vespertino e noturno, com 60 vagas/ano cada. A graduação é ofertada em 10 semestres e integra a unidade acadêmica Centro de Tecnologia, no Campus do Pici em Fortaleza, além disso, há também no Campus de Russas o curso ofertado como Engenharia de Produção. Enquanto a Engenharia de Produção é conhecida como Engenharia Plena. A Engenharia de Produção Mecânica apresenta escopo mais abrangente com maior ênfase em conhecimentos técnicos em mecânica, as principais ênfases são em Mecânica, Civil, Elétrica e Agroindustrial.

O Departamento de Engenharia de Produção Mecânica (DEPRO) é parte do Centro de Tecnologia da UFC e está localizado no Bloco 735 do Campus do Pici, e apresenta um Corpo Docente altamente qualificado, compostos por mestres e doutores com alta experiência profissional. Ao nível nacional, a principal entidade do curso é a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) trata-se de uma instituição representativa de docentes, discentes e profissionais de Engenharia de Produção. A associação atua há mais de 30 anos assumindo as funções: de esclarecer o papel do Engenheiro de Produção na sociedade e em seu mercado de atuação, ser interlocutor junto às instituições governamentais relacionadas à organização e avaliação de cursos (MEC e INEP) e de fomento (CAPES, CNPq, etc), assim como em organizações privadas, junto ao CREA, CONFEA, dentre outras organizações não governamentais que tratam a pesquisa, o ensino e a extensão da engenharia. Na página da ABEPRO você encontra as informações que verá a seguir resumidas, além de informações adicionais sobre a profissão e sua regulamentação.

O que o Engenheiro de Produção Mecânica faz?

O profissional atua de forma a otimizar o trabalho em uma empresa, trabalha na programação e controle dos sistemas de produção; no desenvolvimento, acompanhamento e supervisão de materiais e equipamentos; gerenciamento de métodos de fabricação e planejamento para instalação de fábricas e elaboração de novos produtos. Ele ainda desenvolve atividades na administração de recursos humanos, materiais e financeiros, condução de programas de redução de custos, no aprimoramento das relações de trabalho e coordenação no cumprimento de prazos e metas. Mesmo com o fim da elaboração do produto, seu trabalho não termina, pois, ainda realiza análise do mercado, calcula os custos e determina a venda.

Nas indústrias, desenvolvem atividades nas áreas de operação, na distribuição de produtos e serviços; financeira, na análise do mercado, dos custos e da estrutura da empresa e definição de investimentos necessários; na logística, seleção de fornecedores, controle de qualidade e estoque; no marketing e no planejamento estratégico. Até mesmo a seleção e treinamento de pessoal estão dentre suas atividades. Com possibilidade de atuação em vários setores, o engenheiro de produção é um profissional bastante requisitado, principalmente em tempos de crise, pois sua tarefa consiste em aliar mão-de-obra e equipamentos visando a uma melhor produtividade e rentabilidade.

O que estuda?

Na imagem abaixo você encontra a Grade Curricular do curso. Caso queira ver mais detalhadamente as disciplinas ofertadas clique aqui e você será redirecionado para o site do DEPRO - Departamento de Engenharia de Produção Mecânica.

Mercado de Trabalho

Boas perspectivas para o graduado em Engenharia de Produção Mecânica, devido à crescente necessidade de modernização por parte das empresas. O mercado de trabalho está em crescimento e oferece boas oportunidades. Com várias áreas para atuar, os engenheiros de produção podem trabalhar em empresas públicas e privadas, indústrias, empresas de transportes aéreos, ferroviário, rodoviário, hospitais, empreendimentos agrícolas, empresas de lazer e turismo. As empresas do setor financeiro, por exemplo, bancos, também contratam profissionais da área. Outras opções de trabalho podem ser encontradas no varejo – como redes de supermercados – no planejamento de compras, vendas e estoque; na construção civil; na mineração, siderurgia, portos e estabelecimentos de ensino. Alternativa ainda são a administração pública, a consultoria e a docência. Em alta, as áreas de finanças, telecomunicações, informática e agroindústria.

A Engenharia de Produção, ainda, se subdivide em 10 áreas de atuação, as quais o profissional pode se especializar. Na seção abaixo você irá conhecer elas.

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Áreas da Engenharia de Produção

Pesquisa Operacional

Uma das inúmeras áreas que um Engenheiro de Produção pode seguir é a Pesquisa Operacional, também conhecida como PO, que consiste em um método científico voltado para a solução de problemas reais, tendo como foco a tomada de decisões e a construção de sistemas mais produtivos.
Essa área, portanto, é largamente usada por empresas para identificarem soluções para problemas complexos com ajuda de fórmulas, cálculos e programas computacionais que otimizam resultados e aumentam o desempenho corporativo. Sendo assim, a PO demanda uma interação natural entre as áreas de administração, engenharias, computação e matemática.

Agora, vamos imaginar o seguinte cenário: você é dono de uma empresa de transportes e precisa definir a melhor rota para realizar as entregas, no menor tempo possível e otimizando os gastos com combustível. Agora é com você, o que fazer?
Pois bem, a PO será sua grande aliada para te guiar nessa tomada de decisão. Nesse sentido, a Pesquisa Operacional vai considerar todas as opções disponíveis, prever todos os resultados possíveis e estimar os riscos. Incrível, não? E digo mais, o campo da PO fornece uma abordagem mais poderosa para a tomada de decisão do que ferramentas comuns, se tornando, assim, um método analítico impressionante na solução de problemas.

Engenharia do Trabalho

É a área da engenharia de produção a qual se atribui a administração do processo produtivo e das pessoas nele envolvidas, de maneira segura e adaptada às necessidades e capacidades dos seus membros.

Ela é responsável por proporcionar a melhor qualidade da produção e por garantir a segurança no trabalho à mão de obra, além de aperfeiçoar a relação homem-máquina com os demais componentes do processo de produção.

Sendo dividida em 4 subáreas:
● Projeto e Organização do Trabalho;
● Ergonomia;
● Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho;
● Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho.

Logística

A Logística é a área da Engenharia de Produção que visa garantir à organização uma vantagem competitiva no seu ramo, objetivando lucratividade e satisfação do cliente, mediante melhorias em sua produtividade. Apesar dessa área não ter sido interligada à estratégia da organização desde seu surgimento, com as necessidades que foram aparecendo, como exigências de mercado ou de clientes, a Logística tornou-se encarregada desde a etapa de compras até a distribuição para os clientes.

Dessa forma, sendo uma forte estratégia competitiva para uma organização, a Logística atua em diversas partes do processo até que ele seja concluído, seja no transporte, no abastecimento, na armazenagem ou no controle do produto/serviço da organização, essa área estará responsável por garantir uma redução de custos e a satisfação dos clientes.

Pode-se dividir a área nas seguintes subáreas:
● Gestão da Cadeia de Suprimentos;
● Gestão de Estoque;
● Logística Empresarial;
● Transportes modais e intermodais;
● Logística Humanitária.

Engenharia de Operações e Processos de Produção

A Engenharia de Operações e Processos da Produção é a área que mais está atrelada ao sistema de produção. Comumente aplicada ao chão de fábrica, essa engenharia é a base do sistema produtivo e cuida do planejamento - o que será produzido, como vai se dar essa produção, verificar a demanda -, controle - periodicidade da compra da matéria-prima, controle da quantidade de produto final -, manutenção de maquinário e otimização de layout, além de redução de gargalos do sistema que cria e entrega o produto.

Suas sub-áreas são:
● Gestão de Sistemas de Produção e Operações;
● Planejamento, Programação e Controle da Produção;
● Gestão da Manutenção;
● Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico;
● Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e sequências;
● Engenharia de Métodos.

Engenharia da Qualidade

A engenharia da qualidade é uma área da engenharia de produção que planeja, controla e melhora, continuamente, o sistema de qualidade de uma organização. Ela é responsável por garantir que as normas na produção de bens e/ou serviços sejam cumpridas, satisfazendo, assim, as expectativas dos clientes para os produtos da organização. Para realizar isso, ela utiliza várias ferramentas, por exemplo, coleta de dados, ao aplicar questionários com os clientes, e cálculos estatísticos.

Suas sub-áreas são
● Gestão de Sistemas da Qualidade;
● Planejamento e Controle da Qualidade;
● Normalização;
● Auditoria e Certificação para a Qualidade;
● Organização Metrológica da Qualidade;
● Confiabilidade de Processos e Produtos.

Engenharia do Produto

A engenharia do produto abrange, dentro da engenharia de produção, o conceito de desenvolvimento de produtos. Tal desenvolvimento é caracterizado por ser a área que cuida de todos os estudos e pesquisa sobre criação, adaptação, melhorias e aprimoramento dos produtos produzidos pela empresa. Portanto, tem como objetivo fornecer um produto ou serviço singular, de qualidade e que atenda as expectativas e necessidades do mercado consumidor. As subáreas são:

Gestão do Desenvolvimento de Produto: Consiste em garantir que o produto consiga realizar os objetivos esperados. Portanto, ela é responsável pelo processo, planejamento, organização, decisão e ação na elaboração do projeto.

Processo de Desenvolvimento do Produto: Essa área é focada na estratégia de mercado, ou seja, em transformar a necessidade do cliente em um produto concreto. Além disso, tem como objetivo elaborar o produto dentro do orçamento disponível para tal.

Planejamento e Processo do Produto: Visa estabelecer, de forma organizada e elaborada, o projeto do produto, ou seja, apontar qual seria o começo, o meio e fim do processo, com atenção, sempre, ao orçamento do projeto.

Engenharia Organizacional

A Engenharia Organizacional é a área da Engenharia de Produção responsável pela fluidez dos processos de um negócio, responsável por elaborar e acompanhar o planejamento em níveis estratégicos, táticos e operacionais de modo a tornar as organizações sustentáveis do ponto de vista da gestão. Além disso, podemos citar sua preocupação com a avaliação do desempenho, gestão do conhecimento, do empreendedorismo, de projetos, dos sistemas de informações e dos arranjos produtivos.

Podemos afirmar, por isso, que essa seja, talvez, a área da Engenharia de Produção que mais se aproxima de conteúdos vistos em um curso de administração de empresas. A diferenciação consiste nas habilidades dos profissionais. O profissional de engenharia é mais orientado a processos e raciocínios-lógico matemáticos, o que o torna mais sistemático, não impedindo, porém, sua tendência para resolução de problemas organizacionais complexos.

Desse modo, podemos afirmar, que a Engenharia Organizacional é uma área voltada para Gestão, por isso é importante que o profissional que pretenda seguir nessa área esteja antenado às novidades no que tange ao tratamento com pessoas, e novas abordagens e oportunidades do mercado. É fundamental procurar ser muito bem informado para um bom desempenho na Engenharia Organizacional.

Engenharia Econômica

Segmento da Engenharia de produção que atua no setor econômico, ajudando organizações - sejam estas privadas ou públicas - a se tornarem competitivas em seu mercado atuante. Utiliza-se principalmente de ferramentas matemáticas para embasar a tomada de decisões, que vão desde a formulação dos melhores preços, avaliação dos custos de produção, até os investimentos e riscos envolvidos no negócio. Suas análises também consideram os fatores micro e macroeconômicos, que causam as mudanças nos valores dos recursos durante o tempo.

Subdivide-se em:
● Gestão Econômica;
● Gestão de Custos;
● Gestão de Investimentos;
● Gestão de Riscos.

Engenharia da Sustentabilidade

A Engenharia de Produção, originada a partir do princípio da produção enxuta, a qual busca executar o processo da forma mais eficiente, eficaz e efetiva possível – a partir da eliminação dos desperdícios e do consumo de uma quantidade ínfima dos recursos disponíveis – já é sustentável por nascença.

Dentre as responsabilidades de um engenheiro de produção, estão inclusas:
Tratamento e destinação correta dos resíduos do sistema produtivo;
Planejamento e utilização consciente dos recursos naturais;
Desenvolvimento de um sistema que seja capaz de atender ao tripé da sustentabilidade: ser economicamente viável, ser socialmente justo e, principalmente, ser ecologicamente correto.

Esse modelo, que pretere a busca de uma produção mais barata, e passa a considerar os impactos ambientais, econômicos e sociais da fabricação como pontos pertinentes, atrai a nova onda de consumidores que passou a considerar a presença de uma política de sustentabilidade como pré-requisito para a compra de um produto. Nesse momento, a presença de um Engenheiro de Produção no ambiente industrial se torna algo imprescindível, em parte pelo seu conhecimento acerca de estratégias e ferramentas que possam aumentar a produtividade, reduzindo os desperdícios, mas principalmente pela sua conduta sustentável e seus aspectos sociais e ambientais da cadeia produtiva.

Educação em Engenharia de Produção

Sendo uma das dez áreas a qual se subdivide a Engenharia de Produção, a Educação em Engenharia de Produção é sem dúvidas o alicerce para qualquer graduando ou pós-graduando nesse ramo da engenharia. No Brasil, o ensino em Engenharia de Produção foi introduzido apenas em 1957 na Escola Politécnica da Universidade Federal de São Paulo, e, desde então, com a crescente demanda pela síntese de novos cursos e a formação de novos profissionais focados na Engenharia de Produção, tornou-se uma das mais promissoras áreas para poder se especializar.

O profissional que atua com especialização na Educação em Engenharia de Produção, é encarregado de ministrar cursos, treinamentos ou difundir técnicas desde universidades até redes de empresas e comunidades. Além disso, torna-se parte dos pilares universitários como o Ensino e a Pesquisa, tornando-se responsável pela formação de novas gerações de engenheiros com máxima capacitação, e também contribui ao mundo acadêmico, expandindo a Engenharia de Produção, por meio de estudos e pesquisas que agregam valor ao curso em geral.

Portanto, em síntese a Educação em Engenharia de Produção é uma área em que ocorre um processo contínuo e participativo, pois o profissional deve estar sempre em constante capacitação e procurando sempre contribuir com seus estudos de volta para o curso. As instituições de ensino devem ter grande responsabilidade ao atribuir novos educadores em Engenharia de Produção em seus meios acadêmicos, pois é por meio desses profissionais que os alunos de uma Universidade possam sempre se sentir encorajados, confiando em seu potencial para que, no futuro, se formarem, tornando-se referência no mundo como Engenheiros de Produção.

Conheça as entidades do curso

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